segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Estado busca parceiros para o leite
08/10/2007


Depois do processo de intervenção promovido pela governadora Rosinha Garotinho (PMDB), em 2003, a Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL) ingressa agora numa segunda etapa de seu processo de revitalização. “Agora, nossa meta prioritária é a de atrair parceiros capazes de fortalecer e dinamizar a produção de leite no Estado do Rio”, afirma o secretário estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Pesca, Christino Áureo. “Nós consumimos 2,3 bilhões de litros, mas só produzimos 500 milhões de litros. O mundo inteiro está consumindo mais leite”, resume o secretário. A primeira etapa após o processo de intervenção, a CCPL passou a ser administrada por um comitê de administração judicial, um colegiado com representantes do governo estadual, da Justiça e das cooperativas de produtores.
Caso Parmalat - Durante os três anos em que esteve desativada, a cooperativa esteve sucateada e submersa em dívidas que remontam a cerca de R$ 120 milhões, incluindo ainda pendências com fornecedores e encargos trabalhistas e fiscais. Os escândalos da Parmalat contribuíram para agravar a situação do setor. Antes do processo de saneamento, a CCPL e mais 20 cooperativas associadas passaram a enfrentar dificuldades em ter acesso a empréstimos bancários, por conta de débitos existentes com agentes financeiros. Agora, depois de sanear as dívidas a ordem é aumentar a capacidade de produção da CCPL. “Pelo menos quatro grandes grupos se candidataram a ser nossos parceiros, mas vamos mesmos fechar com a LG Avipal”. Christino destaca que a CCPL tem uma coisa importante que é o prestígio da sua marca. “É um produto que tem um conceito muito grande perante o grande público, capaz de atrair o interesse de investidores e abrir novos canais de distribuição de produtos no mercado”, acentua.


Pecuária fluminense caminha para recuperação
Christino Áureo admite que a pecuária fluminense já atravessou momentos difíceis e caminha para a total recuperação, com a nova CCPL e o estimulo maior do produtor com uma melhor remuneração. “Nos dois últimos governos conseguimos, através de um esforço concentrado, manter o Estado livre da aftosa, redobrando os cuidados com a vacinação e intensificando a vigilância sanitária”, analisa. O secretário enfatiza que nos dois últimos governos foram abertos concursos que permitiram elevar de 30 para 250 os profissionais envolvidos com a defesa animal.


Fonte: ODIÁRIONF

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