10/09/2007
DA REDAÇÃO
Considerada um reforço efetivo à produção nacional de Petróleo – para a qual a Bacia de Campos já contribui com mais de 80% -, com previsão de produzir até 180 mil barris de petróleo e comprimir 9,3 milhões de m³ de gás natura, a P-52 está em contagem regressiva para entrar em operação. Sábado a plataforma deixou o cais do estaleiro BrasFels em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, em direção à Baía de Angra, onde passará por testes e ajustes.
A assessoria de imprensa da Petrobras informa que “depois de concluída essa etapa, a unidade seguirá para o campo de Roncador, na Bacia de Campos, onde será ancorada e conectada aos poços”. Confirma também que a plataforma deve começar a operar em outubro e a estimativa é de que atinja o pico de produção no segundo semestre de 2008A.
Início em 2004
A construção da P-52 foi iniciada em maio de 2004 e, de acordo com matéria do site da Petrobras, teve como um dos seus principais destaques o marine deck mating, que consiste na união do top side (parte superior da plataforma) ao casco, operação inédita no Brasil. “Poucas vezes realizada no mundo devido à extrema complexidade, a operação foi concluída em 24 horas”. O tempo menor de operação, a estatal considera que esse fato vem reforçar a capacitação da engenharia naval brasileira. A construção da plataforma P-52 gerou aproximadamente 2.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos. A P-52, cujo custo total foi de aproximadamente US$ 1 bilhão, foi a primeira a atender aos novos requisitos de nacionalização, com um índice geral de 76%.
Profundidade de 1.800 metros
“Integrante da Fase 2 do Módulo 1 do programa de desenvolvimento do campo de Roncador, na Bacia de Campos, a P-52 ficará ancorada em profundidade de 1.800 metros e será interligada a 29 poços (18 produtores e 11 injetores de água)”, diz a assessoria, ratificando que o escoamento da produção de petróleo e gás natural será feito por dutos submarinos. Outro detalhe novamente exposto é que o contrato principal de construção foi assinado em dezembro de 2003 com o consórcio FSTP composto pela Keppel FELS e Technip. Quatro módulos de processos e utilidades foram construídos pela Keppel FELS, em Niterói. “A Rolls Royce construiu os módulos de geração de energia elétrica e os módulos de compressão foram fabricados pela empresa Nuovo Pignone, todos no estado do Rio de Janeiro.”
Dados da P-52
Localização: Bacia de Campos, a 125 km do litoral
Capacidade de produção de óleo: 180 mil barris por dia
Capacidade de compressão de gás: 9,3 milhões de m³ por dia
Geração elétrica: 100 MW (capaz de abastecer uma cidade de aproximadamente 293 mil habitantes)
Profundidade de ancoragem: 1.800 m (equivalente a 47 monumentos do Cristo Redentor)
Comp X Larg: 125 m X 110m (equivalente a 1,2 campos de futebol)
Altura: 125 m (equivalente a um prédio de cerca de 40 andares)
Acomodações: 200 pessoas
Peso total: 45,8 mil toneladas (equivalente a 1,2 mil aviões Boeing 737)
fonte: O DIÁRIO ONLINE
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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