quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Recuperação do Rio Paraíba tem custo de R$ 4,6 bilhões
20/09/2007

O custo da recuperação ambiental da Bacia do Rio Paraíba do Sul é de R$ 4,6 bilhões, para serem aplicados no período de 2007 a 2020, de acordo com a deputada Inês Pandeló (PT), presidente da Comissão Especial de Defesa da Bacia do Paraíba do Sul, que esteve em Campos, na última semana, para uma audiência pública quando foi discutido o processo de degradação do rio, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic). A Comissão tem debatido a situação da bacia com representantes dos mais variados segmentos da comunidade dos municípios banhados pelo rio.
Recursos não faltam para projetos de despoluição do rio. Em 2004, o BNDES criou o Programa para Despoluição da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, em parceria com prefeituras de municípios banhados pelo rio, com o objetivo de apoiar ações voltadas à melhoria das condições de saneamento ambiental nos limites da bacia. De acordo com o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, o banco dispõe de R$ 1 bilhão para investir no saneamento básico do Paraíba, mas esta operação esbarra no endividamento dos municípios e em barreiras burocráticas, como a legalização de documentos de órgãos gestores da bacia.
Segundo a deputada, a Comissão tem cumprido o seu papel, em reabilitar a discussão sobre a importância e a necessidade da recuperação do rio. “O objetivo dessas audiências é sensibilizar as autoridades e entidades sobre a importância do Paraíba e seus problemas, que estão relacionados à falta de tratamento do esgoto doméstico e industrial, o assoreamento dos rios, o despejo do lixo nas águas e o desmatamento”, explicou. “A partir de um levantamento participativo, vamos elaborar projetos e buscar recursos para minimizar os problemas que afetam o rio, em conseqüência, a população”, afirmou ainda.
Durante o dia da realização da audiência pública em Campos, os representantes da Alerj e ambientalistas ficaram assombrados com as condições da foz do rio, em Atafona. “O mar está tomando conta da região. O que muitas pessoas não sabem é que isso tudo tem a ver com a questão do desmatamento do rio. Todos nós sabemos que ainda tem solução”, disse o geógrafo Vagner Silva, representante da Assembléia Permanente das Entidades de Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Apedema).
No próximo dia 26, será a vez de Itaperuna sediar uma outra audiência pública. Já foram realizadas outras audiências, na própria Assembléia Legislativa e nos municípios de Barra Mansa e Barra do Piraí.


Fonte: ODIÁRIONF

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