24/05/2007
Um ciclo de palestras realizado na manhã de ontem na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) lançou alerta sobre o nematóide Meloidogyne Mayaguensis – um verme microscópio que atinge a goiabeira, prejudicando a colheita do fruto. O evento, intitulado “Nematóide da goiaba – situação de alerta no Estado do Rio de Janeiro”, contou com a participação de pesquisadores da Uenf, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Defesa Sanitária Vegetal, acadêmicos de agronomia, produtores rurais, técnicos agrícolas e professores universitários.
Alerta - A palestra teve como finalidade divulgar as pesquisas recentemente desenvolvidas para o controle e convívio com a praga que atinge a raiz da goiabeira e se alastra atingindo toda uma plantação. Na região, o quadro é de apreensão, porque as variedades de goiabeira tradicionalmente plantadas (Paluma e Ogawa), são altamente suscetíveis ao nematóide. Segundo o professor Ricardo Moreira de Souza, chefe do Laboratório de Entomologia e Fitopatologia (LEF) da Uenf e conselheiro da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), o nematóide da goiaba também vem atacando propriedades nos municípios de São João da Barra, Itaperuna e Cachoeiras de Macacu. “Quando um goiabal é dizimado, não adianta replantar as goiabeiras, porque elas morrem em poucos meses devido ao ataque do verme. É possível conviver com o parasita em áreas infestadas, desde que as plantas recebam de forma constante ao longo do ano uma adubação orgânica de cobertura e foliar. Mesmo assim, a perda de produtividade é de 30%”, explica o pesquisador.
Orientação - A orientação dos palestrantes é para que os goiabicultores da região fiquem atentos às plantações, inspecionando as goiabeiras em busca de plantas enfraquecidas, com folhas de bordas amarelados ou avermelhados e com raízes apresentando caroços produzidos pelo nematóide. Além da goiabeira, a praga atinge também plantações de soja, café, mamão, acerola e diversas hortaliças.
fonte: ODIÁRIONF
quinta-feira, 24 de maio de 2007
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