09/07/2007
Embora a importância de nossa Exposição Agropecuária e Industrial atraia a atenção e o interesse de outras regiões, até mesmo de vários estados, é irrecusável abordar algumas distorções sobre a participação da economia rural fluminense, da qual Campos afigura-se como expoente, no mercado consumidor do estado, o segundo maior do País.
Com seus quase 20 milhões de habitantes, o Estado do Rio consome mais açúcar do que produz. No século passado, Campos chegou a figurar entre as cinco mais importantes cidades do País pela importância como produtor de açúcar, a época o nosso único produto de exportação. Hoje, Campos possui o maior rebanho bovino do Estado do Rio de Janeiro. No entanto, grande parte da carne exposta no comércio da cidade procede de outros municípios como Itaperuna e até mesmo do Espírito Santo. Nas gôndolas dos supermercados, produtos laticínios e derivados vêm de outras regiões, inclusive o leite, quando já tivemos aqui a nossa outrora gloriosa Cooperleite.
No atual estágio de competição do mundo globalizado, a necessidade de agregar valor a produtos primários faz-se essencial para a sobrevivência das atividades, inclusive no campo. São fatores que agregam valor aos produtos, faz prosperar a economia e contribui para a geração de empregos. A capacidade de reduzir custos pela a expansão da escala de produção é outro fator de capital importância.
A agricultura e a pecuária de um município com vocação agrícola não pode figurar de forma tão pouco expressiva no contexto do consumo regional e estadual. Na gestão da ex-governadora Rosinha Garotinho (PMDB) houve um passo de fundamental importância para a recuperação da bacia leiteira fluminense, com a reabertura da Cooperativa Central dos Produtores de Leite, através da vias administrativa e judicial.
Que o atual governo também continue a manter essa política que permita ao campo desfrutar de programas que possam reduzir as diferenças entre o interior e a capital. E caso lhe falte embasamento para a força do interior nesse processo, basta recorrer aos estudos da Fundação Getúlio Vargas, divulgados no final de 2006, em que constata o quanto o Estado do Rio de Janeiro cresceu na “era Garotinho”, de 1999 a 2006.
fonte: ODIÁRIONF
segunda-feira, 9 de julho de 2007
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