sexta-feira, 22 de junho de 2007

Estado: conceito baixo

22/06/2007
Análise do Ideb mostra rede fluminense na 16ª posição no País

Rio - O nível de qualidade do ensino das escolas estaduais do Rio de Janeiro é bem inferior à média nacional. A constatação vem do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado ontem pelo Ministério da Educação. Seus resultados revelam que a rede fluminense está na 16ª posição do ranking nacional. Enquanto a média das turmas de 5ª a 8ª série do Estado do Rio é 2,9, as escolas estaduais brasileiras alcançaram nota 3,3.
Os índices apresentados pelo estado no primeiro segmento do Ensino Fundamental não são mais animadores. Na média nacional, as unidades fluminenses repetiram o péssimo desempenho: só conseguiram 3,7 — o mesmo do Espírito Santo e abaixo de todos os estados das regiões Sul e Sudeste. As escolas do Paraná (com nota 5), Minas Gerais (4,9) e São Paulo (4,5) estão bem mais próximas da meta nacional.
O Ideb é um índice de qualidade educacional criado para orientar repasse de verba adicional da União às prefeituras com piores resultados. O índice combina dados de desempenho em exames padronizados aplicados em turmas de 4ª e 8ª séries e 3º ano de todo o País e informações sobre aprovação.
Ainda longe da meta estabelecida
Diante da crise que a Educação no estado atravessa e dos rumos que vem tomando, o Rio vai ter que se esforçar até 2021 para que alcance a meta de 5,3 estabelecida pelo Ministério da Educação para o Brasil. Quando comparado às escolas municipais, o fraco desempenho das unidades administradas pelo estado fica evidente.
Da 1ª à 4ª série, o Município do Rio conseguiu média de 4,2. O estado tirou 4. A média das escolas estaduais é inferior à da maioria das cidades da Baixada, como Queimados — onde as municipais conseguiram 3,7 e as estaduais, apenas 3 — e Nova Iguaçu, onde fica o Ciep Abílio Augusto Távora, que teve o pior resultado do Brasil, com nota 1,4.
Quando analisada a rede pública em geral, o quadro não melhora. A nota do Rio sobe para 4 nas turmas de 4ª série, atrás do Distrito Federal (4,4), São Paulo (4,5), Minas Gerais (4,6) e todos os estados do Sul. Na 8ª, com média 3,2, as escolas fluminenses perdem de novo para os vizinhos do Sudeste.
EXCEÇÕES
Apesar do resultado pífio obtido pelas escolas públicas do Rio, 5 delas figuram entre as 10 unidades com maiores notas no País. Confira as melhores e piores do estado.
AS 10 MELHORES Ciep Profª Guiomar Gonçalves Neves, em Trajano de Morais (8,5); C.E. Januário de Toledo Pizza, em S. Sebastião do Alto (8,1); Colégio Pedro II Tijuca, no Rio (7,1); I.E. Profº Manuel Marinho, em Volta Redonda (6,8); Colégio de Aplicação da UFRJ, no Rio (6,7); CAp/Uerj, no Rio (6,7); E.M. Profª Solange Coutinho Moreira; em Miracema (6,6); C.E. Luiz Ferraz (6,5), em Itaperuna; Colégio Pedro II São Cristóvão I, no Rio (6,4); e E. M. João de Deus, no Janeiro (6,3).
AS 10 PIORES E. M. Clotilde de Oliveira Rodrigues, em Saquarema (1,7); Ciep Maria Alves Vieira, em Belford Roxo (1,6); E.M. Cap. Eduardo G. de Oliveira, em Caxias (1,6); E.E. Dr. Moacyr Meirelles Padilha, em Itaboraí (1,6); E.M. Nova Perequê, em Angra dos Reis (1,6); E.M. Gov. Marcello Alencar, em Petrópolis (1,5); E.M. Pequeno Jornaleiro, em Campos (1,5); Ciep Profº Sylvio Gnecco de Carvalho, em Caxias (1,5); Ciep Abílio Augusto Távora, em N. Iguaçu (1,4) e E.M. Pref. Jamil Sabrá, em Petrópolis (1,4).
fonte: ODIA ONLINE

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