quarta-feira, 20 de junho de 2007

IBGE já ouviu 40 milhões de pessoas em dois meses

20/06/2007
Quarenta milhões de pessoas e 1,7 milhão de estabelecimentos agropecuários já foram recenseados em todo o país, informou nesta terça-feira o IBGE. Este é o resultado de dois meses de atividades da coleta do Censo Agropecuário e da Contagem da População, que cobrirá cerca de 5,7 milhões de estabelecimentos agropecuários e 28 milhões de domicílios em todo o Brasil. A Contagem da População está em operação em 5.414 municípios com até 170 mil habitantes. A Contagem da População é importante por fornecer dados atualizados para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feita a partir das projeções e estimativas populacionais que o IBGE divulga anualmente desde 1989. As informações preliminares da Contagem da População, com dados sobre a população dos municípios, serão divulgadas no dia 31 de agosto de 2007. Os resultados definitivos da Contagem serão divulgados em dezembro de 2007. Em todo o Brasil, foram visitados 11,5 milhões de omicílios. No Censo Agropecuário, entre as cinco grandes regiões, a que mais avançou na coleta, proporcionalmente ao número de zstabelecimentos, foi a Nordeste, com 34%. Em seguida vem a Sudeste, com 31%. A região Sul já completou 30% do total, e a Centro-Oeste, 21% dos seus setores. Finalmente, no Norte, foram apurados 15% do total. A Contagem da População é importante por fornecer dados atualizados para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feita a partir das projeções e estimativas populacionais que o IBGE divulga anualmente desde 1989. Falhas na transmissão foram contornadasO IBGE enfrentou problemas no início do processo de coleta. A dificuldade na transmissão de dados e conseqüente carregamento dos PDAs, devido à baixa qualidade da transmissão por telefone em algumas regiões, foi resolvida com procedimentos alternativos, como cópia em CD e envio de arquivos por outros meios. Além disso, a desistência e a escassez de recenseadores obrigaram o IBGE a abrir novo processo seletivo em nove estados (Rondônia, Pará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás). Para facilitar o trabalho dos recenseadores em edifícios e condomínios de maior poder aquisitivo, onde a recusa em recebê-los é maior, o IBGE encaminhou cartas para os condomínios e esclareceu a importância da operação em emissoras de rádio e televisão.São Paulo lidera em unidades visitadasDos 48.462 mil setores que terão os dados coletados pelos Censos na Região Sudeste, 7.099 (14,65%) tiveram seus trabalhos concluídos até o momento. Na prática, a pesquisa continua em andamento em 7.143 setores rurais (52,75%) e 11.771 urbanos (33,71%). Dos quatro estados do Sudeste, o que mais avançou em número de unidades visitadas até agora foi São Paulo, com 2.342.220, seguido de Minas Gerais (1.680.949), Rio de Janeiro (746.525) e Espírito Santo (258.329). O estado com mais setores censitários a apurar é São Paulo, com 6.743, e o com o maior número de recenseadores da região é Minas Gerais, com 8.412 agentes. No Estado do Rio de Janeiro, o índice de conclusão da coleta é de 33,2%, correspondente a 2.102 setores. Dos 324 setores de Cabo Frio, 94 já foram coletados (29%). Já Itaperuna completou 89 setores de 169 (52%). Nilópolis tabulou 83 de 265 setores (31%). Maricá teve 81 dos seus 232 setores recenseados (34%). Ainda no estado, os recenseadores estão adotando logísticas especiais para atuar em determinadas regiões. É o caso de Itaguaí, com cerca de 300 ilhas em seu território, onde os agentes do IBGE estão se deslocando de barco. Outro exemplo da abrangência dos Censos no Rio é o trabalho realizado em aldeias indígenas de Parati. Algumas, na Baía de Ilha Grande, só podem ser visitadas também por transporte marítimo. No Espírito Santo, o ritmo da coleta foi prejudicado pelo período da colheita do café. O estado é o maior produtor de café conillon do país, cuja colheita está praticamente na metade, e o segundo maior produtor de café arábica, cuja colheita se estenderá até o final do ano. Isto traz dificuldades para o recenseador, pois muitos moradores das periferias das cidades do interior são trabalhadores rurais que passam o dia no campo colhendo café.
fonte: O GLOBO

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