quarta-feira, 27 de junho de 2007

Jogo Limpo apura contrabando

27/06/2007
Em entrevista à Imprensa, ontem, o delegado da Polícia Federal, Ronaldo Menezes, disse que “já constatou crime de contrabando” na quadrilha de caça-níqueis. Operação Jogo Limpo II foi desencadeada com ajuda de PMs
Policiais federais de Campos realizaram, ontem, a Operação Jogo Limpo II. “Já constatamos componentes estrangeiros nos equipamentos, o que caracteriza crime de contrabando. A adulteração dos jogos para dificultar a ação do jogador ainda é investigada”, explicou o delegado da Polícia Federal, Ronaldo Menezes, referindo-se às máquinas de caça-níqueis. Três mandados de prisão foram cumpridos e quatro pessoas estão foragidas, porém, os nomes não foram divulgados pela PF.
O trabalho é uma continuidade da Operação Jogo Limpo, realizada pela Polícia Federal no último dia 31, que resultou na apreensão de cerca de 500 máquinas caça-níqueis e jogos de azar em vários pontos comerciais de Campos e Itaperuna, na Região Noroeste Fluminense. Na operação de ontem, policiais saíram para cumprir sete mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão. Destes, cinco foram cumpridos no Rio de Janeiro.
Todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos até o meio-dia. Em uma residência, a polícia apreendeu armas, dinheiro e computadores que serão periciados. Na ação, foram apreendidos também sete carros, duas motos, documentação a respeito dos jogos de azar e peças de máquinas caça-níqueis.
A Jogo Limpo-Campos II não tem prazo para ser encerrada. De acordo com o delegado Menezes, as pessoas que não forem encontradas terão os nomes revelados como foragidos da Justiça. Objetivo - “Foram muitas as operações realizadas em todo o Brasil contra os jogos de azar. Então, todas as pessoas visadas deram um jeito de se afastar. Mas nosso objetivo é prender todo mundo”, prometeu o delegado. Ele destacou também que a quadrilha foi desarticulada na região. Segundo as investigações da Polícia Federal, a ação da quadrilha que explora máquinas caça-níqueis em Campos e na região transformou-se numa organização criminosa, com sofisticação nos modos de agir sustentados por conta bancária e oficinas para consertos e reposição de peças nos equipamentos. O valor movimentado pela organização criminosa não foi revelado.
Com a comprovação da organização criminosa, o delegado disse que passará a responsabilizar agora os comerciantes que continuarem autorizando a exploração de máquinas caça-níqueis em seus estabelecimentos. Ele afirmou ter sido inadmissível a exploração destes jogos, uma semana após a Operação Jogo Limpo. “Isso não pode acontecer. O que é ilegal é ilegal e quem estiver conivente com o crime será preso”, garantiu o delegado.
fonte: ODIÁRIONF

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