Natividade, um oásis de paz e criminalidade zero

06/06/2007
Se a violência tem sido um tormento ao longo dos anos nas grandes metrópoles, o dia-a-dia da população de Natividade mais se assemelha a um oásis de tranqüilidade e bem-estar, o que pode ser aferido pelas últimas estatísticas da Secretaria Estadual de Segurança Pública, desde os anos 2003-04, quando município manteve a marca da “criminalidade zero”. Na pacata rotina da cidade do Noroeste Fluminense, de 16 mil habitantes, o drama dos assaltos, roubos, homicídios, balas-perdidas e operações policiais em perseguição a policiais somente são vistos em filmes, documentários ou no noticiário policial que exibe a tragédia nua e crua da vida urbana das grandes e médias cidades. Em visita ao jornal O Diário, onde manteve contato com a ex-governadora Rosinha Garotinho, atual diretora comercial da empresa, o prefeito Luiz Carlos Agudo (PMDB) destaca a integração entre o poder público e a comunidade como fundamental para a manutenção da paz no município. “A nossa influência na manutenção desse nível de qualidade de vida é que buscamos incentivar a perfeita integração entre o poder público, as polícias militar, civil e a comunidade. Todos os meses, promovemos um café da manhã entre representantes destes segmentos como forma de nos mantermos sempre bem informados sobre o que ocorre em nosso município. Desta forma, construímos um diálogo permanente”, enfatiza o prefeito.
Enquanto o sossego e a paz imperam, o prefeito busca meios de incentivar o desenvolvimento econômico, a fim de que a população não permaneça tão dependente da prefeitura, o maior empregador do município. “Natividade já foi o maior produtor de café do Estado do Rio até 1990, antes da emancipação de Varre-Sai. Hoje, a base da nossa economia é a agricultura e a pecuária. Estamos buscando atrair investidores através dos incentivos da Lei Rosinha, que reduz os tributos a empreendimentos instalados em nossa região”, destacou. Agudo adiantou que há interessados na implantação de indústrias no município, mas os investidores puseram um freio nas intenções, porque a Procuradoria Geral da União impetrou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) na lei criada pela governadora Rosinha Garotinho.
Agudo vê com expectativas otimistas os esforços dos municípios brasileiros rumo às reformas em direção a uma melhor distribuição dos recursos por parte da União. Ele destacou a participação dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho no fortalecimento da Associação dos Prefeitos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro (Apremerj). “Os municípios hoje estão bem mais fortalecidos. Na medida em que organizam em associações, ganham em representatividade e força. Aqui no Estado do Rio, antes da ascensão de Garotinho e Rosinha ao governo estadual, nós do interior éramos discriminados e hoje somos fortes graças a esse apoio”, disse Agudo, que foi vice-presidente da Apremerj e hoje é presidente do Conselho Fiscal da entidade.fonte: ODIÁRIONF